O dia a dia de milhares de moradores de Itaboraí, como o agricultor Alício Conceição Pereira, de 39 anos, ficará melhor. Duas vezes por semana ele é obrigado a andar 15 minutos de sua casa, sob sol ou chuva, na Estrada de Pachecos, para buscar as correspondências no posto dos Correios situado no Km 13 da RJ-106.A dificuldade de localização de endereços dos logradouros devido ao único Código de Endereço Postal (CEP) para toda Itaboraí impossibilita a entrega de correspondências nas residências, mas essa realidade vai acabar. É que até dezembro de 2010 as ruas da cidade contarão com novos Códigos de Endereço Postal. O Projeto de Codificação Postal, já concluído pela central de Geoprocessamento da Secretaria Municipal de Planejamento, em parceria com os Correios, está em Brasília para execução.
“Às vezes tenho que parar o trabalho na terra para ir pegar as correspondências. Esse novo CEP vai facilitar muito a minha vida. Não vou mais precisar sair de casa para receber as cartas”, afirma o agricultor Alício. De acordo com o coordenador do setor de Geoprocessamento, Evandro Correia de Carvalho, a necessidade de ampliar o Código de Endereçamento Postal na cidade facilitará, também, os dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Atualmente Itaboraí possui somente um número postal, o 24.800-000, que não atende à demanda de endereços existentes. São 72 bairros e quase cinco mil ruas que precisam de uma identificação mais precisa. Com a implantação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), a realidade ficaria ainda pior. Desde 2006 o município está trabalhando no Projeto de Codificação Postal, que já começou pela nomeação das ruas, antes identificadas por números.
“Era difícil reconhecer certas ruas pois havia uma repetição muito grande. Várias ruas 1, 2, 3, enfim, elas se repetiam porque eram feitas por loteamentos. Agora, nomeadas, fica muita mais fácil a sua localização”, admite Evandro.
O bairro Vila Rica, no 1º Distrito (Venda das Pedras), por exemplo, usou o nome de pedras preciosas para nomear suas ruas. Agora ao invés de números, são as ruas Esmeralda, Rubi, Ametista, entre outras. Em seguida, estas informações serão adequadas ao sistema do IBGE. Restando apenas integrá-las ao banco de dados das secretarias municipais.
Segundo o gerente operacional dos Correios de Itaboraí, José Anchieta, tão logo o projeto seja executado em Brasília, haverá um mutirão para validá-lo no sistema. “Os moradores podem ficar tranquilos que todos serão notificados pelos Correios, que a partir do dia tal seu endereço terá o CEP determinado”, explica.
