Catadores de caranguejo de Itaboraí ganharam mais um apoio da Prefeitura. Para ajudar no orçamento familiar na época do defeso, período em que a pesca é proibida, além das cestas básicas, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca vai liberar para os trabalhadores mais uma parcela do pagamento mensal, no valor de um salário mínimo.
Os catadores cadastrados, que já recebem nos meses de setembro e outubro, terão um terceiro benefício em novembro. O secretário Renato Ferreira deu a boa notícia em reunião com os pescadores, no manguezal de Itambi.
“Desde que o Projeto Defeso foi implantado, em 2001, a preservação é realizada diariamente. Conscientizamos os pescadores, mostrando a importância de ter o ecossistema preservado. O trabalho vem apresentando resultados positivos”, afirma Renato Ferreira.
Todos os dias, os pescadores devem comparecer ao entreposto de fiscalização ambiental, onde assinam um livro no qual são registrados horários e quantidade retirada do mangue, como forma de controle e preservação. Assim, a Secretaria tem identificado e cadastrado pescadores que vivem da pesca do caranguejo. Para quem não é cadastrado, já encerrou o prazo de recebimento do benefício. O próximo cadastramento será realizado entre os meses de junho e julho de 2011.
O defeso tem como objetivo proteger os caranguejos durante o período de acasalamento e reprodução, através da proibição da pesca nos meses de setembro, outubro e novembro. Aproximadamente 75 famílias de Itaboraí vivem da cata do crustáceo, que é comercializado no valor de R$ 1,50 a R$ 2 a unidade.
Biodiversidade - Área de Preservação Ambiental (APA), o manguezal faz limite com a Baía de Guanabara. No total, são 14 mil hectares, cortando os municípios de Itaboraí, São Gonçalo, Magé e Guapimirim. O encontro da água doce dos rios com a água do mar permite a sobrevivência de diversas espécies de caranguejo, além de cobras, capivaras, ariranhas, jacarés e aves.