Papel frágil, já deteriorado com as ações do tempo e manuscrito com letras engarrafadas. Foi com esse documento encontrado na Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, que possibilitou a cidade de Itaboraí a fazer parte da comemoração do Ano da França no Brasil. Numa parceria inédita entre a Prefeitura de Itaboraí e o Ministério da Cultura, a população vai poder participar de eventos culturais entre os dias 8 e 17 de outubro, gratuitamente. Tudo começou, quando a equipe de pesquisadores do acervo de documentos da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres encontrou três cartas manuscritas, entre os meses de maio e junho de 1938, de um jovem cientista brasileiro, Castro Faria, destinadas à Heloísa.
Ao pesquisar, foi descoberto que Castro Faria foi designado para companhar a expedição ao interior do Brasil, chefiado pelo etnólogo francês Claude Lévi-Strauss. Com a ascensão do Estado Novo de Getúlio Vargas, em 1937 e sua política de controle de informação e repressão no âmbito nacional, Lévi-Strauss não obteve a mesma liberdade para organizar e empreender uma segunda expedição etnográfica no interior do Brasil.
Por fim, o Museu Nacional é designado a acompanhar a expedição e Heloísa Alberto Torres, na época diretora do Museu, indica Castro Faria como seu representante para acompanhar os trabalhos de campo.
“Ao descobrir as cartas fomos imediatamente ao Ministro da Cultura, Juca Ferreira e conseguimos mostrá-lo a importância dos documentos para a cultura de Itaboraí. Prontamente o Ministro nos atendeu e nossa cidade hoje também está fazendo parte do Ano da França no Brasil”, exaltou o subsecretário de Cultura, Sérgio Espírito Santo.
Assim, o pesquisador contou o cotidiano da expedição, as dificuldades e os avanços conseguidos por Lévi-Strauss. Castro Faria remete essas cartas a Heloísa Alberto Torres, na época, moradora de Itaboraí e diretora do Museu Nacional e principal avalista do trabalho de campo de etnólogo.
Ao pesquisar, foi descoberto que Castro Faria foi designado para companhar a expedição ao interior do Brasil, chefiado pelo etnólogo francês Claude Lévi-Strauss. Com a ascensão do Estado Novo de Getúlio Vargas, em 1937 e sua política de controle de informação e repressão no âmbito nacional, Lévi-Strauss não obteve a mesma liberdade para organizar e empreender uma segunda expedição etnográfica no interior do Brasil.
Por fim, o Museu Nacional é designado a acompanhar a expedição e Heloísa Alberto Torres, na época diretora do Museu, indica Castro Faria como seu representante para acompanhar os trabalhos de campo.
“Ao descobrir as cartas fomos imediatamente ao Ministro da Cultura, Juca Ferreira e conseguimos mostrá-lo a importância dos documentos para a cultura de Itaboraí. Prontamente o Ministro nos atendeu e nossa cidade hoje também está fazendo parte do Ano da França no Brasil”, exaltou o subsecretário de Cultura, Sérgio Espírito Santo.
Assim, o pesquisador contou o cotidiano da expedição, as dificuldades e os avanços conseguidos por Lévi-Strauss. Castro Faria remete essas cartas a Heloísa Alberto Torres, na época, moradora de Itaboraí e diretora do Museu Nacional e principal avalista do trabalho de campo de etnólogo.
“O encarregado do serviço dos índios não me passou as informações, pois, como não funcionam postos indígenas na região que vamos percorrer ele não a teria visitado e o seu pessoal é deficiente. Tenho me aconselhado muito com o diretor da linha norte. Recebi as respostas ao telegrama questionário do diretor geral dos correios e telégrafos. Infelizmente não são tranquilizadores”. (FARIA, Luis de Castro. Correspondência 18/05/1938).