sexta-feira, 28 de maio de 2010

Estudantes plantam e comem alimentos nas escolas em Itaboraí

Alunos da rede municipal em Itaboraí, município da Região Metropolitana do Rio, comem os alimentos que plantam. Através do “Horta Escolar”, as crianças aprendem a importância de uma alimentação saudável e o êxito do programa reflete na melhora da qualidade de vida dos estudantes. Levantamento da Secretaria de Educação constata redução nos índices de anemia e obesidade em nove unidades de ensino que desenvolvem a atividade.

Em parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Itaboraí, o plantio de alface, couve, tomate, cebolinha, salsinha, abóbora e coentro faz parte do dia a dia dos agricultores mirins. Na Escola Municipal Therezinha de Jesus Pereira da Silva, em Nancilândia, 350 estudantes são beneficiados, participando ativamente da atividade extracurricular. “Gosto de brincar aqui na hortinha, de molhar e colher as plantas que eu plantei”, diz a pequena Rafaela Moraes da Silva, de 6 anos.

Segundo a coordenadora Vilma Figueiredo, a aceitação dos alunos ao programa é tamanha que muitos já trazem de casa mudas para serem plantadas na escola. “Nossas crianças sabem se alimentar melhor e, com isso, já percebemos uma diminuição significante nos índices de anemia e obesidade. Os próprios alunos trazem uma nova plantinha para colaborar com a horta”, afirma Vilma.

Nos próximos meses, segundo a coordenadora, as crianças terão noções de responsabilidade, em uma nova etapa do programa. Cada aluno receberá um vaso e nele será plantada uma semente. Ao nascer, a planta ficará sob os cuidados da criança que deverá, todos os dias, regar e expor ao sol, até que possa ser levada para o horta, onde os cuidados continuarão sendo do aluno.

O objetivo da secretária de Educação, Rosana da Silva Rosa, é levar o projeto às 74 escolas de Itaboraí para formar cidadãos mais conscientes. “Queremos que os alunos cuidem desde cedo da saúde, percebam a importância de se alimentar bem e, de preferência, consumir alimentos sem agrotóxicos não só na merenda escolar, mas também que levem o hábito para a própria casa”, explica.