terça-feira, 13 de abril de 2010

Saúde se mobiliza para combater o caramujo africano

Equipes da Secretaria de Saúde de Itaboraí estão se mobilizando no combate ao caramujo africano. Agentes de controle de endemias do município trabalham nos locais infestados com um novo tipo de pesticida, mais eficaz na eliminação da praga. “O morador deve ligar para o telefone 3639-0617, para que possamos ir ao local e fazer a aplicação do produto. No dia seguinte, retornamos para averiguar se há mais algum foco do molusco”, explica o coordenador municipal do programa de endemias, Marcelo Neves Chagas.

Os agentes também estão realizando a captura e incineração do Achatina fulica (nome científico do caramujo africano), além de orientar a população sobre como proceder ao localizar focos em casa ou em terrenos públicos. O molusco é resistente às baixas temperaturas, à seca e ao sol intenso. Prolifera-se muito na estação chuvosa.

É preciso que a população se conscientize de que não deve jogar detritos nos quintais das casas nem nas ruas, porque além dos caramujos, os entulhos contribuem para o aparecimento de ratos e insetos”, explica Chagas. Outra recomendação importante é de que deve ser evitado o contato direito com os caramujos e nunca depositá-los no lixo, mesmo depois de mortos, uma vez que a casca do animal pode acumular água e servir de criadouro para os mosquitos da dengue.

A Secretaria Municipal de Saúde vê esta situação com uma imensa gravidade já que esta praga é reconhecida internacionalmente como uma das 100 espécies invasoras mais perigosas e considerada um problema mundial. Eles provocam doenças em humanos e em alguns animais; contaminam o solo e a água; devastam plantações, hortas e jardins. Podem transmitir vermes que causam problemas neurológicos, como a meningite eosinofílica. Podem causar também a angiostrongilíase abdominal, enfermidade que ataca os intestinos (perfuração e hemorragia interna), que pode resultar em óbito.

Alternativa ao escargot

O caramujo africano chegou ao Brasil na década de 80, trazidos do Leste-Nordeste da África como alternativa ao escargot (molusco utilizado na culinária francesa) e, como não foi apreciado na cozinha brasileira, os criadores foram abandonando as atividades, fazendo com que escapassem para o meio ambiente. Pode chegar a 15 centímetros de comprimento e 200 gramas de peso. Sem acasalamento, cada um coloca 1.200 ovos por ano. Acasalados, o número dobra.

Controle

A primeira medida é identificar o caramujo africano. A concha de cor marrom-escuro, com listras esbranquiçadas desiguais, um pouco em zigue-zague. A espécie africana é hospedeira de vermes que podem ser nocivos à saúde humana. Os caramujos gostam de locais úmidos e sombreados. Por isso, ao iniciar a busca do caramujo africano em seu quintal, verifique bem os cantos dos muros, as paredes onde não bate muita luz e os lugares em que possa haver acúmulo de galhos, restos de poda, folhas, madeiras, etc. Também são locais muito propícios os restos de construção, entulhos e, em especial, os tijolos furados.

Programa Municipal de Combate à Dengue

TeL: 3639-0617