quinta-feira, 23 de julho de 2009

Projeto da Prefeitura pretende transformar manguezal de Itambi em atração turística










A reserva ecológica de Itambi está prestes a se transformar em um dos principais pontos ecológicos do município de Itaboraí. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, vai implantar medidas que prometem revitalizar o manguezal.

“Sabemos que essa é uma área de grande potencial ecológico e que infelizmente está esquecido e sem conservação. Nosso objetivo é preparar o mangue para que sejam realizados passeios ecológicos com embarcações. O projeto prevê ainda, a capacitação dos próprios moradores para que possam atuar como guias turísticos do local e assim, aprender uma outra profissão e adquirir uma nova forma de renda”, afirmou o secretário Ricardo Guimarães. Segundo ele, aproximadamente 75 famílias de Itaboraí vivem da cata do crustáceo que é comercializado por R$ 1,50 a R$ 2 a unidade, garantindo o sustendo com aproximadamente R$ 500 mensalmente.

O projeto inclui da implantação de centros de estudos, onde os moradores irão receber aulas sobre a vida no ecossistema e as necessidades de preservação, para por em prática os planejamentos.



O Manguezal:
Área de preservação ambiental (APA), que faz limite com a Baía de Guanabara. Ao total, são 14 mil hectares, passando pelos municípios de Itaboraí, São Gonçalo, Magé e Guapimirim.
O encontro das águas doces dos rios com a água marinha abriga em Itambi não só diversas espécies de caranguejo, como também animais, como cobras, capivaras, ariranhas, jacarés e inúmeras variedades de aves que fazem do local um grande reservatório natural.



Projeto Defeso:
Entre os meses outubro e novembro, período de acasalamento da espécie, conhecido como defeso, a caça do caranguejo é proibida e a Prefeitura Municipal de Itaboraí intensifica as ações de fiscalização no manguezal.
“Desde que o projeto Defeso foi implantado, em 2001, a preservação é realizada diariamente. Fizemos trabalhos de conscientização com os pescadores, mostramos a importância de ter esse ecossistema preservado e esse trabalho já apresenta resultados. Os catadores já procuram não catar as fêmeas e ao chegar da pesca, obrigatoriamente, passam pela fiscalização, quando as medidas e condições do caranguejo são analisadas”, disse Angeloff Pandeff, integrante do Instituto de Desenvolvimento Municipal – IDM, explicando ainda algumas regras da pesca permitida do crustáceo, como o tamanho da casca mínima, 5 cm.
Na época do defeso, a Prefeitura disponibiliza para cada família que vive da cata do caranguejo um salário mínino e ainda cesta básica.